sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Macae - Clarisse Falcão

Ei, se eu tiver coragem de dizer que eu meio gosto de você Você vai fugir a pé? E se eu falar que você é tudo que eu sempre quis pra ser feliz Você vai pro lado oposto ao que eu estiver?

Eu queria tanto que você não fugisse de mim Mas se fosse eu, eu fugia.

Ei, vai pegar mal se eu contar que eu imprimi todo o seu mapa astral? Você foge assim que der, quando souber? E se eu falar que eu decorei seu RG só pra se precisar Você vai pra um chalé em Macaé?

Eu queria tanto que você não fugisse de mim Mas se fosse eu, eu fugia.

Ei, se eu falar que foi por amor que eu invadi o seu computador Você pega um avião? E se eu contar de uma só vez como eu achei sua senha do cartão Você foge pro Japão, esse verão?

Eu queria tanto que você não fugisse de mim Mas se fosse eu, eu fugia.

Ei, se eu contar como é que eu me senti ao grampear seu celular Você vai numa DP? E se eu mostrar o cianureto que eu comprei pra gente se matar Você manda me prender no amanhecer?

Eu queria tanto que você não fugisse de mim Mas se fosse eu, eu fugia.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Fênix ...



" Tudo na nossa vida é medido com a régua do tempo. No caso do amor que deu errado, não é diferente: o sofrimento de ser rejeitado passa, uma hora passa, como todo o resto já passou. Mas quem disse que é fácil?

Eu me lembro – todo mundo lembra – como é difícil deixar de procurar alguém que se deseja. É desumano querer quando não nos querem. A gente lembra do rosto, pensa nos detalhes do corpo, quer a atenção daqueles olhos. Mas eles não olham mais para nós. E dói.

Algum tempo depois, porém, as coisas mudam. Aos poucos, mantida a devida distância e o silêncio, quem sofre esquece de quem faz sofrer. Lembra uma vez por dia, depois uma vez por semana, até que uma hora esquece. Ou quase. Numa manhã de domingo, vê o fantasma na rua e quase não se incomoda. A visão causa um pequeno rebuliço interior, mas aquele ser humano deixou de ser nossa catástrofe privada. Virou detalhe, como diria o Roberto Carlos. De alguma forma, passou.   
[...]
Nossa vida é tão curta e potencialmente tão bonita que não merece ser gasta com quem não nos dá bola. Acreditar em amor não é correr atrás de paixões impossíveis. É procurar aquilo que faz sentido – sentimento correspondido, festejado, que, em vez de ocupar a nossa mente como doença, ocupa os nossos dias como prazer, romance e companheirismo.

Para proteger esse tipo de amor, vale espada de dragão, arruda e sal grosso atrás da porta, para tirar mau olhado. Só não vale amarração, por favor. Para nos fazer felizes, as pessoas precisam estar livres. " Ivan Martins 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A sutil manipulação ...


           "O homem sempre colocou a mulher num pedestal de forma que ela não possa descer. O homem tem adorado ou condenado à mulher. Ou ela é um verme se arrastando sobre a terra ou ela é uma deusa, mas ele nunca a faz igual a ele mesmo; isso é perigoso. Ambas as maneiras estão ok – ou ela está muito elevada nos céus, intocável, ou ela está muito abaixo, novamente intocável, mas ela nunca é igual. Quando uma mulher está muito abaixo ela pode ser reprimida, punida por alguma coisa que o homem ache que está errado. Ou ela é uma deusa; desse modo ela pode ser destronada – isso também é um tipo de punição." Osho

Partida...

                              

                           
                       "Tenho trabalhado tanto, mas sempre penso em vc. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assenta e com mais força quando a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos… Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina. Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis. … E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura." Caio F. Abreu

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

" Para começo de conversa, eu não estou interessado em saber o que você faz, o que você tem ou quanto custou toda essa produção que colabora para compor a sua incrível beleza. Na verdade, pouco me importa se você tem uma roupa de 10 ou de 1000. A verdadeira diferença entre esses valores é a quantidade de zeros, e zero é um número pequeno e vazio. O meu verdadeiro interesse é em saber se você vai ficar. Sim, isso mesmo. Você vai ficar?

Essa sem dúvidas, é a pergunta primordial para que eu prossiga com esses beijos. Para que eu aceite ter o seu número na minha agenda, para que eu te convide para um próximo encontro e para que eu permita abrir a porta do meu coração novamente para uma pessoa que - aparentemente - vale a pena.

Não me leve a mal, é que eu já estou cansado de pessoas que chegam sorrindo, ficam um tempo e quando eu começo a me acostumar, se vão sem olhar para trás. Como uma repentina chuva num dia de verão, só para refrescar o calor.  E é aí que está o problema. Eu não quero mais ser “refrescado”. Quero um amor firme. Forte. Quente. Quarenta graus de entrega e satisfação. Quero uma erupção de reciprocidade.

Responda-me com sinceridade e evite que o meu coração se quebre mais uma vez. Não é fácil juntar os farelos que ficam pelo chão e entrar em modo de recomposição. O processo é dolorido. Demora um tempo. A saudade tortura. E quando finalmente conseguimos nos livrar de todo esse resto de sentimentos que ficam aqui por dentro parece que tudo é novo de novo. "Wesley Néry

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Sufoco!

Não sei o motivo da fase que tenho vivido nos últimos tempos, talvez seja o reforço da vida em me mostrar que agora sou adulta ou me dizer que pra tudo existem consequências, sejam boas ou ruins! Tenho me sentido sufocada e creio que isso seja o reflexo da escolha que fiz, de atualmente guardar no fundo do baú meus sentimentos, e quando me sinto assim, com esse nó na garganta, parece que eles querem se rebelar e tomar conta de mim outra vez, entretanto quero ser racional, já sofri demais por pensar nos outros, por amor, por respeitar quem ao menos se importava comigo, jogos desleais, perdi um pouco da fé em muita coisa, mas ao exemplo de outros, vejo que depois da tempestade realmente veio a bonança, ainda me resta esperança, ao menos esse sentimento escapou do baú...